Sua dúvida pode estar aqui! Veja as principais perguntas sobre acne na fase adulta.
Acne
A acne é uma doença inflamatória crônica, frequente, que pode afetar principalmente adolescentes e adultos jovens. A acne ocorre por uma combinação de fatores, entre elas a produção de sebo aumentada, queratinização alterada, inflamação e infecção pelo C. acnes, resultando nas características lesões da doença: os cravos e as espinhas. A acne pode ser classificada entre leve, moderada ou grave; e dependendo da extensão da doença, pode causar cicatrizes e manchas e afetar a autoestima e qualidade de vida do paciente.1,2
Embora a acne seja considerada geralmente um problema apenas da fase adolescente, ela também pode afetar mulheres adultas. Existem situações nas quais a acne persiste desde a adolescência, e outras onde ela surge na fase adulta. A doença é multifatorial e fatores genéticos, alterações hormonais, como a maior produção de andrógenos estão envolvidos no surgimento da doença.3,4
A acne da mulher adulta normalmente se caracteriza pela presença de poucos cravos e espinhas localizadas na região inferior da face, ou seja, o queixo, a mandíbula e o pescoço (a região conhecida como zona U). A pele da mulher adulta com acne também é mais sensível, o que precisa ser considerado na escolha do tratamento.
Já em adolescentes, a acne costuma aparecer na testa, nariz e bochechas (região conhecida como zona T). Neste grupo etário, a presença de cravos é abundante, a pele é mais oleosa e com muitas espinhas, sendo mais tolerante a diferentes terapias.3,4,5
Quase metade das muIheres com idade entre 21 e 30 anos sofrem com a acne. Já uma em cada quatro mulheres de 31 a 40 anos são afetadas com o mesmo problema.6
Sim. Muitas vezes, ao mexer nas espinhas você pode agravar o quadro, pois elas podem aumentar a inflamação e dor e favorecer o surgimento de cicatrizes e manchas na pele. A retirada de cravos e espinhas é conveniente desde que seja feita por um profissional especializado, de maneira correta e no local adequado. O seu dermatologista pode orientar sobre esta necessidade. O ideal é não espremer, nem cutucar essas erupções.7
Referências
- Mayo Clinic Staff. Acne. Disponível em: http://www.mayoclinic.org/diseases-conditions/acne/basics/definition/con-20020580?p=1. Acesso em 02/07/2024.
- Williams HC, et al. Acne vulgaris. The Lancet, 2012 Jan 28;379(9813):361-72. doi: 10.1016/S0140-6736(11)60321-8.
- Holzmann R, Shakery K. Postadolescent acne in females. Skin Pharmacol Physiol. 2014;27 Suppl 1:3-8.
- Bagatin E, Freitas THP et al. Adult female acne: a guide to clinical practice. An Bras Dermatol. 2019 Jan-Feb;94(1):62-75.
- Rocha MAD, et al. Modulation of Toll Like Receptor-2 on sebaceous gland by the treatment of adult female acne. Dermatoendocrinol. 2017;9(1):e1361570.
- Perkins AC, Maglione J, Hillebrand GG, Miyamoto K, Kimball AB. Acne vulgaris in women: prevalence across the life span. J Womens Health (Larchmt). 2012;21(2):223-230.
- Chiu A, Chon SY, Kimball AB. The response of skin disease to stress: changes in the severity of acne vulgaris as affected by examination stress. Arch Dermatol. 2003;139(7):897-900.